Bifum: sem glúten, sem lactose, sem fenilalanina, mas com muito sabor |
Um pouco de tudo. De tudo, um pouco. Essa é a ideia. Mostrar o que há de saboroso, de inesquecível, de temperado. Coisas com sal. Pode ser um lugar para visitar, um cantinho novo para comer, um rótulo que vale conferir, uma traquitana para comprar. Poucas e boas pitadas compartilhadas com você. Dê a sua!
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Intolerância ao sabor
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Almaúnica, promessa no Vale dos Vinhedos
Arquitetura da Vinícola-boutique impressiona pela contemporaneidade |
Merlot 2009, macio e mais elegante que outros vinhos jovens do Vale |
Da videira à garrafa, o dono e criador do lugar, o enólogo Márcio Brandelli, faz questão de acompanhar todo o processo. A arquitetura da vinícola foi estruturada para que houvesse um uso eficiente da força da gravidade e a tecnologia mais moderna foi ali instalada. O empreendedor viajou mundo afora, e conheceu dezenas das maiores vinícolas até formatar a sua. Nas frias caves subterrâneas, os vinhos ganham complexidade dentro de barricas francesas e americanas, vindas das melhores tonelarias do mercado internacional. O resultado não poderia ser melhor. Prove, assim que puder, os tintos reserva, com destaque para o Merlot, e você verá que não parece se tratar de uma vinícola fundada há apenas quatro anos. E há uma explicação para isso: Márcio e a irmã, Magda Brandelli, são a quarta geração de produtores de vinho na região. Abriram mão de uma tradicional e próspera vinícola que era administrada pela família - a Dom Laurindo -, e investiram todo o capital e os sonhos de ter uma vinícola à moda deles, a Almaúnica. E todo o esforço parece ter valido a pena quando degustamos seus espumantes e tintos. E ao perguntar aos donos se o sucesso também já está se traduzindo em dinheiro, brincamos com uma frase que conhecemos há tempos: "Vinícola é um negócio certo e que sempre dá dinheiro. O problema são os primeiros cem anos, depois vai que é uma maravilha". Se for ao Vale dos Vinhedos, não deixe de visitá-los.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Velas by Voluspa para gourmets
Notas que não brigam com a criação gastronômica |
Chef James Boyce, criador da coleção para a Voluspa |
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Biffi, uma instituição milanesa
Pita Bittencourt, amigo e seguidor do blog de primeira hora, manda uma nobre contribuição contando um pouco da sua experiência gastronômica em Milão, que compartilho com vocês:
"Desde a Idade Média, Milão é um grande
centro comercial , industrial e financeiro da Europa. É o centro
econômico da Itália, quase 5 milhões de habitantes, capital da moda e do
design. A principal atração de Milão é o Duomo, a
segunda maior catedral gótica da Europa. Ao lado dela fica a
Galleria Vittorio Emanuele, construída em 1865 e considerada o primeiro shopping do
mundo. O lugar é fantástico, agitado, com lojas e restaurantes maravilhosos.Em minha passagem por Milão,
fui convidado por minha amiga Eunice Capelletti, vivendo na Itália há 13 anos,
para conhecer o Biffi, famoso restaurante na Galleria Vittorio Emanuele.
Aberto em 1867, o Biffi é quase uma instituição milanesa e há
17 anos é de propriedade de um brasileiro de Novo Hamburgo, Tarcisio de
Bacco.
Diferente dos restaurantes
que funcionam em áreas com grande concentração de turistas, sua cozinha
mais que honesta é de excelente qualidade. Provei além da tradicional Salada
Caprese (à direita), um Ossobuco com risoto (foto abaixo), prato tradicional de Milão, só não mais
que a costeleta a milanesa, degustada por Eunice".
Para saber mais: Biffi Milano
Para saber mais: Biffi Milano
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Gastronomateca
Livros na cozinha e sempre à mão |
Diz aí, qual é o seu?
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Swarovski para beber
Cosecha Especial, da Norton, alta qualidade por um preço acessível |
Bodega está entre as 20 melhores do mundo |
A vinícola mais antiga da região ao sul do rio Mendoza, na Argentina - a Norton - é do grupo austríaco famoso pelos cristais mais delicados do mundo - o Swarowski. Degustando o espumante mais especial dessa Bodega, que é o Cosecha Norton Brut Rosé, dá para perceber esse link entre os dois produtos: artesanais e altamente bem elaborados. A bebida tem uma cor vibrante e o sabor é equilibrado, fresco e frutado na medida certa. É ótimo para acompanhar um coquetel ou regar uma festa. A outra vantagem desse espumante é que, ainda que tenha toda a qualidade de um grande vinho, é altamente acessível: a garrafa gira em torno de R$ 40,00. Essa vinícola, embora tenha sido fundada no final do século 19 e esteja presente em mais de 60 países do mundo, ainda não é tão conhecida por aqui. A Norton já chegou a ser escolhida pela Wine Expectator como uma das 20 mais importantes do mundo e o seu enólogo, Jorge Riccitelli, acaba de ser eleito pela Revista Wine Enthiusiast entre os cinco melhores do planeta. Em Florianópolis, dá para receber em casa, pelo site da Winebrands.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Ervas frescas e à mão
Cozinhas contemporâneas ganham hortas orgânicas verticais |
água saborizada com ervas do quintal |
Floreiras são boa opção para plantar um mix de temperinhos |
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Borsalino, una bella scoperta
O clássico chapéu italiano que deu nome ao restaurante |
Chef Pietro Neroni |
Ossobuco de Vitelo |
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Entre os melhores do mundo
Toro Loco, esse tempranillo espanhol safra 2011 que chegou ao Brasil em 120 mil garrafas no mês passado e já está com o segundo lote - prometido para novembro - totalmente esgotado, foi considerado um dos melhores tempranillos do mundo. Produzido na região Utiel-Requena, foi degustado na Competição Internacional de Vinhos e Destilados do Reino Unido, onde custa apenas 3,59 libras (aproximadamente R$ 11,50). No teste, ele superou rótulos até dez vezes mais caros. No Brasil foi vendido com exclusividade pela Wine a R$ 25,00, um preço ótimo na relação custo-benefício. Mas eu ganhei quatro garrafas do amigo Pita Bittencourt, grande apreciador de vinhos, que conseguiu arrematar algumas caixas na importadora, descobrindo que nem sempre o melhor é o mais caro. Esse vinho, que degustei entre bons amigos com aperitivos leves, é muito fácil de ser combinado com qualquer prato. Por ser um tempranillo, tem uma característica leve, frutada, e harmoniza muito bem com um antepasto à base de legumes e queijos ou até mesmo com aquela pizza do sábado à noite. Mas agora "Inês é morta" e o negócio é torcer para que um terceiro lote surja até o fim do ano. Estou na lista de espera.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Pão, azeite, vinho e amigos. Combinação mais que perfeita!
Um dos maiores e mais emblemáticos chefs de todos os tempos, o lendário cozinheiro francês Paul Bocuse, disse certa vez a um jornalista, quando perguntado sobre a melhor comida que ele já tinha provado em mais de seis décadas de profissão, que a sua melhor experiência gastronômica tem sido a combinação de um azeite excepcional e um pão bem feito. Está aí para ele toda a essência do sabor: natural, simples, genial e original. Acho maravilhoso receber os amigos em casa, com um pão feito por mim mesma, um bom azeite e um vinho para acompanhar. É uma espécie de homenagem pessoal ou de doação que você faz para quem você gosta e que depois você compartilha em clima de festa. Na foto, o pão maior é o que costumo fazer (todos os meus amigos já o conhecem) e os outros (ciabatta, australiano, baguete) eu os compro prontos para compor uma cesta simpática de boas-vindas num jantar. Não sou nenhuma expert em pães e, por isso mesmo, vou deixar a receita dele para vocês porque o resultado agrada geral.
Massa:
1/2 kg de farinha de trigo especial
1 xícara de água
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de café de sal
1 colher de sobremesa de açucar
5 gr de fermento biológico seco (aquele de envelope, metade dele)
Como eu faço:
Coloco a água e o azeite num pote redondo e largo, vou adicionando a farinha, o açúcar e o sal e vou mexendo. Quando já estiver bem homogêneo coloco o fermento. E dou uma primeira sovadinha, acrescentando farinha se necessário (sempre é). Se você tiver máquina de fazer pão, coloque todos os ingredientes de uma vez e acione a função "amassar". Deixo descansando dentro desse bowl mesmo, por uma meia hora, coberta por um pano de louça.
Depois coloco na pia, com um pouco de farinha, e dou uma sovadinha melhor, nada mais que cinco minutos. Deixo descansando novamente, por mais 30 minutos pelo menos (na verdade, eu acho que quanto mais tempo ficar descansando melhor, uma vez deixei o dia inteiro enquanto estava trabalhando, e acho que foi o melhor pão de todos).
Depois é só abrir a massa, colocar o que você tiver disponível na geladeira dentro (sugestão: mortadela, lombinho, linguiça calabresa, tomate, azeitona, cebola, queijo, orégano, o que quiser, só não convém colocar recheios "molhados" tipo tomate seco no azeite ou molho de tomate, porque afeta o crescimento da massa). Eu abro como pizza, recheio como se fosse pizza, aí junto as pontas no centro da massa, viro ao contrário e ajeito para ficar redondinho. Em cima da massa coloco um pouco de sal grosso e páprica picante. E faço pequenos cortes com a faca em desenho de asterisco.
Asso por meia hora, em 250 graus mais ou menos. Ele não precisa dourar muito, senão fica ressecado. Para saber se ele está assado, eu o viro ao contrário e dou umas batidinhas, se der aquele som de "oco" é porque já assou por dentro.
Na hora de servir, um bom azeite é suficiente. E, de preferência, deixe as pessoas partirem o pão com suas próprias mãos. Fica intimista e - não sei o porquê - mais saboroso.
Massa:
1/2 kg de farinha de trigo especial
1 xícara de água
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de café de sal
1 colher de sobremesa de açucar
5 gr de fermento biológico seco (aquele de envelope, metade dele)
Como eu faço:
Coloco a água e o azeite num pote redondo e largo, vou adicionando a farinha, o açúcar e o sal e vou mexendo. Quando já estiver bem homogêneo coloco o fermento. E dou uma primeira sovadinha, acrescentando farinha se necessário (sempre é). Se você tiver máquina de fazer pão, coloque todos os ingredientes de uma vez e acione a função "amassar". Deixo descansando dentro desse bowl mesmo, por uma meia hora, coberta por um pano de louça.
Depois coloco na pia, com um pouco de farinha, e dou uma sovadinha melhor, nada mais que cinco minutos. Deixo descansando novamente, por mais 30 minutos pelo menos (na verdade, eu acho que quanto mais tempo ficar descansando melhor, uma vez deixei o dia inteiro enquanto estava trabalhando, e acho que foi o melhor pão de todos).
Depois é só abrir a massa, colocar o que você tiver disponível na geladeira dentro (sugestão: mortadela, lombinho, linguiça calabresa, tomate, azeitona, cebola, queijo, orégano, o que quiser, só não convém colocar recheios "molhados" tipo tomate seco no azeite ou molho de tomate, porque afeta o crescimento da massa). Eu abro como pizza, recheio como se fosse pizza, aí junto as pontas no centro da massa, viro ao contrário e ajeito para ficar redondinho. Em cima da massa coloco um pouco de sal grosso e páprica picante. E faço pequenos cortes com a faca em desenho de asterisco.
Asso por meia hora, em 250 graus mais ou menos. Ele não precisa dourar muito, senão fica ressecado. Para saber se ele está assado, eu o viro ao contrário e dou umas batidinhas, se der aquele som de "oco" é porque já assou por dentro.
Na hora de servir, um bom azeite é suficiente. E, de preferência, deixe as pessoas partirem o pão com suas próprias mãos. Fica intimista e - não sei o porquê - mais saboroso.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
NY, a Disneylândia da gula
Ir a Nova York é ter acesso ao melhor da gastronomia mundial em uma única cidade. Só Manhattan tem 30 mil opções de restaurantes. Ou seja, é cada vez mais difícil fazer aquela lista consensual dos "top ten". Mas juro que eu tentei e, depois de alguns anos viajando para NY, selecionei alguns dos melhores que conheço. Quer conferir? Então acesse a Revista ao Ponto (pag. 16 a 31) que publicou a matéria que escrevi. "Nova York, um convite irrecusável à gula". Revista ao Ponto
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Pornô para mamães em cinquenta tons de clichês
Dói um pouco na alma quando a gente vê algumas obras com questionável valor literário ascender às listas de livros mais vendidos. Esse é o caso de "Cinquenta tons de cinza", best seller erótico que chegou ao Brasil no final de julho e já tem mais de 150 mil exemplares vendidos, que se somam aos mais de 40 milhões em todo o mundo. Apimentada, a trilogia narra a relação entre uma recatada jovem de 21
anos, Ana Steele, que cede às exigências sexuais de um empresário bilionário,
Christian Grey, adepto do BDSM (universo que engloba o sadomasoquismo, dominação,
submissão, disciplina e o uso de cordas para amarrar o parceiro durante a
relação sexual). Não há trechos com erotismo velado. É tudo muito descritivo, nos mínimos detalhes e sensações. E deve ser exatamente isso que seduziu com tanta força os lares conservadores americanos e agora conquista o público feminimo brasileiro. Já ganhou o apelido de "pornô para mamães". Mas a literatura de E. L. James, ex-produtora de TV britânica e que não havia publicado nada desde então, não tem, nem de longe, o talento literário, ou a sutileza de outras obras libertinas, a la Marquês de Sade. O texto é quase teen (lembra Crepúsculo, Lua Nova e outras bobagens do gênero), cheio de clichês e muito, mas muito, repetitivo. Apesar disso, vai ganhar uma adaptação para o cinema, e tem
duas sequências, "Cinquenta tons mais escuros" e "Cinquenta tons de
liberdade", os dois chegando nas livrarias brasileiras por agora. Aviso: não vou contribuir para que estes também figurem no topo das listas dos mais-mais. Como se isso fosse mudar alguma coisa.
L'Incanto de Punta Del Este
Fetuccine com molho de queijo e limão |
Ambiente rústico e muito aconchegante |
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Qual é a boa de Punta?
Esse balneário uruguaio, famoso pelas baladas e pelos milionários e celebridades que desfilam por ali nas temporadas, é na verdade um paraíso para quem curte enogastronomia. Numa passagem rápida por Punta Del Este nesse último final de semana, um dos amigos que nos acompanhavam, Pita Bittencourt, deixou seu tempero para o blog contando uma das boas experiências. Confira:
"Sempre uma boa opção para quem visita Punta Del Este, seja veterano ou marinheiro de primeira viagem, o tradicional restaurante Lo de Tere proporciona momentos magníficos com excelente cozinha e muito boa carta de vinhos, além de maravilhosa vista do porto. Desta vez experimentei os famosos raviólis tingidos com tinta de polvo e recheados com carne de siri (foto abaixo), uma bela escolha que foi acompanhada do bom Pinot de Carlos Pulenta. Salud!" Pita Bittencourt.
Para reservas e informações, acesse o site: http://www.lodetere.com/. O restaurante fica na Rambla Del Puerto, próximo à Calle 21. Telefone: 00598 (42) 44 04 92.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Harmonizando vinhos e ouvidos
Cabernet Sauvignon, Merlot ou Pinot Noir? Diana Krall, Chet Baker ou Carla Bruni? A Winebrands, importadora paulista que oferece os vinhos mais descolados do planeta, lançou uma playlist sensacional para harmonizar vinhos e ouvidos. Para cada tipo de uva há cinco opções de músicas, que foram escolhidas a dedo por uma pesquisadora. A seleção é uma delícia, com intérpretes de primeira linha, em álbuns históricos e que convidam a uma boa taça. Acesse a playlist criada para o evento Winelounge e separe uma boa garrafa para logo mais à noite: Wine Lounge Playlist
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Chef Vitor Gomes dá a receita
Carré francês. Essa é a opção de 9 entre 10 glutões. Basta que ele esteja no cardápio. Dos cortes de cordeiro é o mais elegante e certamente um dos mais saborosos. O Chef Vitor Gomes, do Ponto G (bistrô com gastronomia autoral, sucesso absoluto em Florianópolis e que eu ainda, vergonhosamente, não conheço), mandou pra gente a sua receita especialíssima do Carré Francês em Crosta de Ervas. Fique atento para a técnica de grelhar antes de colocar no forno. Esse truquezinho sela o filé e impede que o sumo da carne se perca no cozimento, desidrate e deixe as fibras rígidas. Veja lá, inspire-se e mãos à obra!
Crosta de Ervas
3 fatias de pão de forma sem casca
Salsinha, alecrim, tomilho, cebolinha, hortelã
2 dentes de alho
2 colheres de manteiga
Doure o pão no forno, coloque no liquidificador já picado e os demais ingredientes. Ligue e desligue o liquidificador e mexa com uma colher quantas vezes for necessário até obter uma pasta.
Carré Francês
4 unidades de carré
mostarda Dijon
crosta de ervas
Limpe o carré, tempere com sal e pimenta e grelhe rapidamente. Passe de um lado do carré grelhado, com a ajuda de um pincel, a mostarda Dijon e empane com a crosta de ervas.
Leve ao forno para finalizar até que a crosta esteja dourada.
Um bom acompanhamento? Siga a sugestão do mestre: Purê de Batata Baroa e Legumes Frescos regados com Azeite de Hortelã. E se achar que fazer em casa não é a sua praia, vá diretamente ao Ponto G. Reservas pelo fone: 48 8827.1911
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Cores bem temperadas
Quem estiver em Punta Del Este não pode deixar de conhecer o simpático ateliê do artista urugaio e autodidata, Ignacio Zuloaga. É provável que você o veja lá pintando e fazendo seus experimentos, ao mesmo tempo em que ele conversa com os visitantes, vende telas, despacha obras para todo o mundo, e conta histórias. A arte de Ignacio Zuloaga impressiona pelos traços fortes e pela intensidade e diversidade de cores numa única obra. As telas são imensas, dimensões proporcionais à força das suas criações. A identificação com o traço do artista é subjetivo, mas o impacto é inevitável. O ateliê fica na Ruta 10, km 159, em La Barra. Estacione o carro por ali e aproveite para visitar a pé outros muitos ateliês, galerias de arte, lojas de antiguidades e outras delícias culturais hechas in Uruguay. Se não puder ver ao vivo, vale conferir algumas das suas obras no site do artista: http://www.zuloagaatelier.com/index.html.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Como era gostoso o meu francês
Em 33 cidades brasileiras, inclusive Floripa, está acontecendo um dos festivais mais legais do ano, o Festival Varilux de Cinema Francês. São 17 filmes, com exibições diárias, e entre eles alguns estrelados como o premiado “Intocáveis” (Intouchables), de Olivier Nakache e Éric Toledano. Com François Cluzet e Omar Sy, o longa foi o fenômeno absoluto de bilheteria na França em 2011, um dos filmes mais vistos na história do cinema francês, levando aos cinemas mais de 20 milhões de pessoas. Entre outros importantes títulos no Festival Varilux estão vários filmes que foram exibidos no último festival de Cannes 2012, como "Adeus Berthe - o enterro da vovó" (Adieu Berthe ou l'enterrement de Mémé), de Bruno Podalydes; "Aliyah" (Alyah), de Elie Wajeman; "O Barco da Esperança" (La Pirogue), de Moussa Touré; e filmes que serão lançados em breve no mercado brasileiro como "E agora, aonde vamos?" (Et maintenant on va ou ?), de Nadine Labaki ; "Uma garrafa no mar de Gaza" (Une bouteille à la mer), de Thierry Binisti ; "Um evento feliz" (Un heureux événement), de Remy Bezançon ; "A Filha do Pai" (La fille du puisatier), de Daniel Auteuil ; Paris-Manhattan", de Sophie Lellouche ; "A arte de amar" (L'art d'aimer), de Emmanuel Mouret ; "Polissia" (Polisse), de Maiwenn ; "Titeuf", de Zep ; "My Way, O Mito Além daMúsica" (Cloclo), de Florent Emilio Siri ; "A Vida Vai Melhorar" (Une Vie Meilleure), de Cédric Kahn ; e "O Monge" (Le Moine), de Dominik Moll. Na contramão das indicações dos "mais-mais" pela mídia especializada, assisti ontem o "My Way, o Mito Além da Música" e adorei! O filme conta a história de Claude François, o Cloclo, um dos maiores cantores de música popular francesa, que fez um sucesso louco na sua curta trajetória artística (ele morre tragicamente aos 39 anos de idade) e vendeu mais de 67 milhões de discos. Foi ele quem fez a canção "My Way", cuja versão americana ficou eternizada na voz de Frank Sinatra. O filme mostra também os bastidores da construção de um ícone da música e o empirismo de um marketing pré-internet, redes sociais ou globalização. Divertido e tocante. Um pouco longo, 2h28min, mas não dá para sentir o tempo passar. O Festival Varilux de Cinema Francês tem co-patrocínio da Aliança Francesa e em Florianópolis está no Paradigma Cine Arte, na SC-401, até esta quinta-feira, dia 23. Ingressos a R$ 14,00 e R$ 7,00.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Cozinha show
Para quem adora cozinhar e ama comer bem - assim como eu! - um restaurante em que se possa observar do salão o preparo dos alimentos e sentir todo o frisson da cozinha com cheirinho da cebola refogada, é simplesmente o máximo. O Juvia, em plena Lincoln Road, o calçadão mais badalado de South Beach, é um desses restaurantes que você se apaixona antes mesmo de experimentar a comida. A cozinha, espetáculo à parte, é totalmente aberta para o salão.O ambiente todo, em tons cinza e violeta, com música lounge e muita bossa nova, tem dois jardins verticais exuberantes com o diferencial de ficar numa cobertura linda, em que se pode ver Miami 360º. O Juvia participa até o final desse mês do festival Miami Spice, então está oferecendo pratos de alta gastronomia a 29 dólares, como essas boxes super simpáticas de inspiração asiática. Eu escolhi a de carne suína, com arroz jasmine, salada caramelada e cupcake de cenoura. A do Róger Bitencourt, o maridão, foi de um tipo de bacon com molho cítrico, risoto de funghi, salada de algas e o mesmo cupcake gracinha. Escolhas acertadas!
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Correr, comer, viajar e amar
Pra quem é adepto da corrida, mas também adora viajar, ver paisagens incríveis, beber bons vinhos e descobrir novas gourmandices, Montain Do do Deserto do Atacama, no Chile, é o canal. A prova do próximo ano, acontece no dia 17 de março e as inscrições já estão praticamente esgotadas (faltam 95, para ser mais precisa). Isso porque há um limite máximo permitido de pessoas circulando nesse paraíso ecológico mundial. Estivemos por lá na prova desse ano, na primeira edição do evento, e fomos surpreendidos por um cenário natural diferente de tudo o que já havíamos visto. É o ambiente mais inóspito do planeta, porém lindo. A cidade de San Pedro do Atacama é muitíssimo rústica, sem calçamento, e os atacameños, apesar de serem um povo muito primitivo, são altamente sorridentes e receptivos. Ficam em festa com a chegada dos atletas e turistas de toda parte do mundo. A gastronomia local é saborosíssima e natural, à base de abacate, mandioca e grãos antigos como a quinoa, que eles usam em tabules e saladas. O ceviche é outro prato apreciado por ali, com ingredientes muito frescos. Nas imediações alguns passeios são obrigatórios e inesquecíveis como o Vale da Lua, o Vale da Morte, os Gêiseres de Tatio, as Termas de Puritama, além dos Salares que são um espetáculo à parte, principalmente no pôs-do-sol. Há hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos, desde hospedarias simples até resorts como o Alto Atacama Lodge & Spa, um verdadeiro oásis no deserto. Corra pra fazer a sua inscrição e participar de uma prova diferente de tudo o que você já viu.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Felicidade azul
Sim, é real! Este é o La Côte, restaurante de praia do hotel Fontaine Blue, em Miami Beach. O lugar é não só uma experiência gastronômica inesquecível mas um presente para os olhos e uma homenagem aos sentidos. Brisa fresca, mar azul, ambiente super confortável e charmoso, comida mediterrânea leve e despojada. Sem frescuras, autêntico e, contrariando todo o DNA francês, com bons e simpáticos garçons brasileiros, como o Arnaldo, que nos atendeu. Que aliás, está batendo um bolão na nova profissão se imaginar que há menos de um mês era cabeleireiro em Nova York. Cansou do inverno rigoroso, da sala fechada, do cheiro de alisamento japonês. Agora vive de bermudas, olhando para um mar que não tem tamanho e conhecendo gente bonita e detentora daquele humor típico dos que parecem viver em férias eternas e com um cartão de crédito sem limite. Arnaldo sabe das coisas. E foi ele quem recomendou que experimentássemos o Garlic Shrimp, uns camarões gigantes grelhados, muito frescos com alcachofras, polvo, limão e pão grelhado com alho. Como entrada, serve 4 pessoas. Olhem a minha logo abaixo. Ótima pedida por 25 dólares.
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