A pedido do amigo Hermann Byron, dei meus pitacos sobre cinema para o Jornal Imagem da Ilha. É uma brincadeira séria, com impressões de quem, como você, não é um crítico profissional e nem tem a pretensão de ser, mas gosta do assunto e pode emitir uma opinião sobre. Falei sobre o filme "Eu, Mamãe e os Meninos", já assistiu? Confira abaixo ou na página do jornal www.imagemdailha.com.br
Um pouco de tudo. De tudo, um pouco. Essa é a ideia. Mostrar o que há de saboroso, de inesquecível, de temperado. Coisas com sal. Pode ser um lugar para visitar, um cantinho novo para comer, um rótulo que vale conferir, uma traquitana para comprar. Poucas e boas pitadas compartilhadas com você. Dê a sua!
quinta-feira, 24 de abril de 2014
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Hoje é Dia do Malbec!
Foi num 17 de abril, mas de 1853, que um engenheiro agrônomo francês - Michel Aime Pouget - plantou as primeiras mudas de Malbec em Mendoza. Desde então, o Malbec é a uva símbolo da Argentina, com vinhos consagrados, e a região de Mendoza, referência mundial em vitivinicultura. O que pouca gente sabe é que esse tipo de uva teve origem na França, mais precisamente na região de Cahors, ao sudoeste do País. Os primeiros vinhedos de Malbec francês foram criados ainda pelos romanos, e viveram seu auge e glória durante a Idade Média. Hoje essa irmã mais velha perdeu espaço para Mendoza, a mais nova.
Bem, se faltava motivo para abrir um Malbec hoje e comemorar, faça um brinde a Michel Aime Pouget e delicie-se com essa bebida de um rubi púrpura inigualável.
Champagne para ler, visitar e degustar
Quem visita a região de Champagne, no nordeste da França, não imagina que por trás daquela paisagem bucólica que abriga seculares vinhedos, sofisticadas caves, berço das marcas mais luxuosas e tradicionais do mundo, discorreu um cenário de guerras sanguinárias e violentas invasões. Para se chegar ao glamour de hoje, viveu-se séculos de terror. Esse passado marcado por tantas conflagrações e tragédias é desvendado com maestria no livro "Champagne", escrito por um casal de jornalistas americanos - Don e Petie Kladstrup - apaixonados pela França e por seus vinhos.
Livro que inebria do início ao fim |
Comprei esse livro pouco antes da minha viagem à região, no final de março. A ideia era entender mais o que eu veria ali, ao vivo, e as histórias por trás de cada gole degustado. Me apaixonei. Li antes, li durante a viagem, e estou relendo agora depois de visitar todos os palcos relatados com tanta emoção no livro. Minha dica é: faça o mesmo se puder, porque com história o sabor é outro.
Cada crayére que você visitar ou cada vez que você atravessar o Marne terá como referência as passagens incríveis do livro que relatam não só banhos de sangue, como também costumes da época, a forma como as pessoas viviam e se relacionavam nas comunidades, as muitas dificuldades que tiveram para fazer do champagne o vinho mais glamouroso e sofisticado do mundo.
A linguagem inebriante te convida a visitar um outro tempo. As informações são detalhadas, precisas, extratos de diálogos impensáveis. Napoleão, Luis XIV, Átila e outros grandes personagens da história da humanidade tem sua ligação forte com essa região rica e vocacionada. E bebiam muito. Fatos pitorescos também são narrados, como a predileção que o Chanceler de Ferro alemão Otto Von Bismarck tinha por essa bebida, que o ajudava a “livrá-lo dos ventos”, vítima que era de flatulência crônica. Há ainda acontecimentos curiosos da vida mundana envolvendo o champanhe ou as aventuras do ousado e inteligente Charles-Camille Heidsick.
O livro também descreve passagens apaixonantes dos grandes visionários e empreendedores da região como Nicole-Barbe, a viúva Clicquot; Jean Pierre Moët, da Moët&Chandon; Don Pérignon; Louise Pommery, a madame Pomery; e muitos outros ícones dos tempos de guerra e perlage.
Um livro para ser lido e degustado, interpretado in loco. Todo gole de champagne, daqui pra frente, terá para mim um outro sabor.
“Lembrem-se cavalheiros, não é só pela França que estamos lutando, é pela Champagne também.”
Discurso de Winston Churchill durante a Segunda Grande Guerra
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quinta-feira, 10 de abril de 2014
A boa da salada
Muita gente torce o nariz para salada. E se isso acontece, me desculpem, mas está faltando criatividade. Salada não precisa ser aquela coisa verde gelada e molhada, com alguns tomates mal cortados cheirando a vinagre. Não! Para mim, salada tem que ser um mix de aromas, de cores e de texturas. É preciso brincar com ingredientes que te deem um azedinho e aí você combina com um adocicado. Coloca uma folha tenra junto de um castanha crocante. Pode ainda brincar com o quente e o frio regando ingredientes frescos e em temperatura ambiente com um molho quentinho. Por isso adorei esse livro "Salad of the Day", minha última aquisição na Williams-Sonoma de NY. Ele traz 365 receitas incríveis, uma para cada dia do ano, todas factíveis e com ingredientes possíveis - porque não tem nada pior que livro de receita importado que fala de processos e alimentos que você não faz a mínima ideia do que se trata.
Para deixar um gostinho, vou burlar a lei do direito autoral americano e reproduzir aqui uma receita legal, que inclusive é a planejada para o dia de hoje, 10 de abril.
SALADA DE LULA E FEIJÃO BRANCO
(serve 4 pessoas)
Sal e pimenta moída na hora
60ml de vinagre de vinho branco
3 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de sopa de alho picado
125ml de azeite de oliva
500g de lula limpa, cortada em rodelas e tentáculos
470g de feijão branco cozido e escorrido
2 pimentões vermelhos tostados e cortados em tiras
125g de cebola roxa cortada finamente
2 colheres de sopa de alcaparras
60g de azeitonas verdes sem caroço e fatiadas
salsinha fresca para enfeitar
Numa panela grande, coloque 4 litros de água com sal para ferver. Deixe reservado uma tigela com água gelada.
Numa outra tigela, misture o vinagre, o suco de limáo, o alho, sal e pimenta e deixe marinar por 5 minutos. Adicione óleo de oliva aos poucos, misturando constantemente até que o molho emulsione.
Coloque a lula na panela com água fervendo e cozinhe até ficar ao dente. Isso vai levar aproximadamente 1 minuto. Escorra a lula e coloque imediatamente na água gelada para cortar o cozimento. Depois seque todas as rodelas e tentáculos. Reserve.
Incorpore a lula, os feijões, o pimentão, a cebola, as alcaparras, as azeitonas ao molho e misture muito bem. Tampe e refrigere por pelo menos 30 minutos.
Antes de servir, corrija o sal e demais temperos. Divida em pratos individuais e enfeite com as folhas de salsinha e sirva.
Bom apetite!
Para deixar um gostinho, vou burlar a lei do direito autoral americano e reproduzir aqui uma receita legal, que inclusive é a planejada para o dia de hoje, 10 de abril.
SALADA DE LULA E FEIJÃO BRANCO
(serve 4 pessoas)
Sal e pimenta moída na hora
60ml de vinagre de vinho branco
3 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de sopa de alho picado
125ml de azeite de oliva
500g de lula limpa, cortada em rodelas e tentáculos
470g de feijão branco cozido e escorrido
2 pimentões vermelhos tostados e cortados em tiras
125g de cebola roxa cortada finamente
2 colheres de sopa de alcaparras
60g de azeitonas verdes sem caroço e fatiadas
salsinha fresca para enfeitar
Numa panela grande, coloque 4 litros de água com sal para ferver. Deixe reservado uma tigela com água gelada.
Numa outra tigela, misture o vinagre, o suco de limáo, o alho, sal e pimenta e deixe marinar por 5 minutos. Adicione óleo de oliva aos poucos, misturando constantemente até que o molho emulsione.
Coloque a lula na panela com água fervendo e cozinhe até ficar ao dente. Isso vai levar aproximadamente 1 minuto. Escorra a lula e coloque imediatamente na água gelada para cortar o cozimento. Depois seque todas as rodelas e tentáculos. Reserve.
Incorpore a lula, os feijões, o pimentão, a cebola, as alcaparras, as azeitonas ao molho e misture muito bem. Tampe e refrigere por pelo menos 30 minutos.
Antes de servir, corrija o sal e demais temperos. Divida em pratos individuais e enfeite com as folhas de salsinha e sirva.
Bom apetite!
Veramente bello!
Ironia e inteligência ácida enriquecem a personalidade de Jep |
Jep Gambardella - o nosso amigo Mimo - tem uma cobertura de frente para o Coliseu. Chato, né? |
terça-feira, 8 de abril de 2014
Doce de leite de família
Consistência e sabor num doce único |
O doce, em seis tempos de preparo, com 30 min em cada etapa |
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