quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Almaúnica, promessa no Vale dos Vinhedos

Arquitetura da Vinícola-boutique  impressiona pela contemporaneidade
Merlot 2009, macio e mais elegante que outros vinhos jovens do Vale
Imagine um vinhedo ensolarado com 2,5 hectares de Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay, num terreno levemente inclinado onde um veio de estrada leva à sede da vinícola no alto. Contemporânea e suntuosa, a construção abusa do vidro, da madeira e das pedras da região, exibindo um pé direito altíssimo. Lá de cima, tem-se a visão de boa parte do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), e sente-se uma brisa fresca de serra, perfeita para a contemplação e, claro, para a degustação dos grandes vinhos que a casa oferece. O interior da vinícola é moderno, móveis com design, objetos de arte, cantos que convidam ao aconchego. No balcão principal estão dispostas algumas das jóias dessa vinícola - a Almaúnica, que apesar do pouco tempo de mercado e de vida, já mostra seus primeiros filhos com orgulho.
Da videira à garrafa, o dono e criador do lugar, o enólogo Márcio Brandelli, faz questão de acompanhar todo o processo. A arquitetura da vinícola foi estruturada para que houvesse um uso eficiente da força da gravidade e a tecnologia mais moderna foi ali instalada. O empreendedor viajou mundo afora, e conheceu dezenas das maiores vinícolas até formatar a sua. Nas frias caves subterrâneas, os vinhos ganham complexidade dentro de barricas francesas e americanas, vindas das melhores tonelarias do mercado internacional.  O resultado não poderia ser melhor. Prove, assim que puder, os tintos reserva, com destaque para o Merlot, e você verá que não parece se tratar de uma vinícola fundada há apenas quatro anos. E há uma explicação para isso: Márcio e a irmã, Magda Brandelli, são a quarta geração de produtores de vinho na região. Abriram mão de uma tradicional e próspera vinícola que era administrada pela família - a Dom Laurindo -, e investiram todo o capital e os sonhos de ter uma vinícola à moda deles, a Almaúnica. E todo o esforço parece ter valido a pena quando degustamos seus espumantes e tintos. E ao perguntar aos donos se o sucesso também já está se traduzindo em dinheiro, brincamos com uma frase que conhecemos há tempos: "Vinícola é um negócio certo e que sempre dá dinheiro. O problema são os primeiros cem anos, depois vai que é uma maravilha". Se for ao Vale dos Vinhedos, não deixe de visitá-los.

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