quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

"O Impossível", um filme-catástrofe eficiente



Maria (Naomi Watts) e Lucas (Tom Holland)
Histórias reais sempre chocam mais. E quando a produção consegue remontar uma tragédia do porte do Tsunami que abalou o mundo e destruiu milhares de vidas na Tailândia, no final de 2004, o resultado é ainda mais envolvente. O filme reserva algumas cenas com efeitos visuais e de áudio capazes de simular a quem está assistindo a sensação de estar sendo engolido por uma onda gigante, se debatendo entre escombros ou mesmo se afogando. Sabe quando vc mergulha e o som à sua volta some e vc só ouve fragmentos do mundo externo e o forte barulho da água em movimento? Pois, a produção conseguiu reproduzir fielmente isso. De forma inteligente, a direção previu que esse seria o primeiro passo para você não ficar apático ao filme e se envolver realmente na história. Sem cair em chavões e pieguices do sofrimento alheio, o diretor Juan Antonio Bayona, resgata a história de uma família que passava as férias numa paradisíaca ilha da Tailândia, quando tudo aconteceu. Pai, mãe e três filhos receberam de frente a força do tsunami quando estavam relaxando na piscina de um resort. Cenas chocantes, produção bem feita, sensibilidade para envolver. Chora-se, é verdade, e muito. Principalmente, quem é mãe, pai, filho ou tem algum sentimento por alguém nessa vida. É impossível não se colocar no lugar deles e não pensar nos seus. E é impossível também o resultado final dessa história, não fosse ela real. Daí o nome "O Impossível". Fui com meu filho mais velho (22 anos) e chorei mais do que devia. A ligação da mãe, Maria, vivida pela atriz Naomi Watts, com o seu filho mais velho, Lucas, interpretado brilhantemente por Tom Holland, é tão forte, plena e cheia de cumplicidade que não pude deixar de associar. Vale assistir, mas prepare o coração e reserve alguns lencinhos.

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