terça-feira, 8 de abril de 2014

Doce de leite de família



Consistência e sabor num doce único
Dizem que argentinos e mineiros brigam até os dias de hoje pela patente do doce de leite. O que eu faço em casa tem raiz gaúcha e é pra lá de bom. A receita é de família, mas transmitida ao longo das gerações de forma, digamos assim, meio enviesada. Na verdade, recebi a atribuição de manter a receita na família Bitencourt da minha sogra (Eli, Porto Alegre/RS), que por sua vez  já tinha recebido a incumbência da sogra dela (Nair, Jaguari/RS). Ou seja, uma receita de família, não de mãe para filha, mas de sogra para nora.



O doce, em seis tempos de preparo, com 30 min em cada etapa
Caminhos tortos à parte, o doce é muito bom e a receita muitíssimo simples. Você vai precisar de uma boa panela, alta e larga, feita de alumínio ou ferro bem grosso. Antes de ligar o fogo - e essa parte é bem importante - coloque 4 litros de leite e 1 kg de açúcar e mexa muito bem. De 3 a 5 minutos, até que o açúcar esteja totalmente dissolvido. Esse é o segredo. Coloque o panelão em fogo baixo e deixe uma escumadeira de metal dentro dele para evitar que o leite suba e vaze no seu fogão. Esqueça-o por umas duas horas aproximadamente (sim, você leu direito, não precisa ficar mexendo o tempo todo como a Tia Anastácia fazia). Somente na última meia hora, peque uma colher de pau, daquelas com a base reta (tipo raspa-tudo) e mexa o doce lentamente, sempre tocando o fundo da panela. Essa mexida final é que vai dar um brilho ao doce e deixá-lo mais caramelado e homogêneo. Desligue o fogo e coloque o doce de leite num refratário transparente. Por fim, avise a turma que é preciso esperar esfriar para aproveitar ao máximo todo o sabor e consistência desse doce único. Nem sempre te obedecem, que o diga meu marido Róger Bitencourt para quem faço esse doce praticamente toda semana. Última dica: leiloe a panela porque raspá-la é para os privilegiados.

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