quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Massimo Bottura, o chef que é rei de Modena, da Itália e agora também do mundo

O criador e uma de suas criaturas
O primeiro episódio da série Chef's Table, que está no Netflix, traz a essência e os sabores do chef italiano Massimo Bottura, criador e proprietário da Osteria Francescana, em Modena. Sua casa ostenta nada menos que três estrelas do Michelan e foi considerado o melhor restaurante da Itália e o segundo entre os 50 melhores do mundo, segundo a renomada revista londrina "Restaurant". Massimo Bottura, talvez o mais sedutor e apaixonado de todos os seis chefs que são retratados na primeira temporada da série, foi duramente criticado no início da carreira por aviltar a essência da comida tradicional do seu país e por várias vezes foi quase à falência. Hoje é aplaudido por ter reinventado a comida italiana clássica, virou o queridinho dos críticos e, por consequência,  atrai centenas de turistas endinheirados para Modena, todos interessados em descobrir essa contemporaneidade inventiva e gastronômica que é só dele.




Parmesão em cinco texturas
Sem medo de ousar, Massimo que é apaixonado por acetos e parmiggianos, tem entre suas criações um prato que se chama "Parmesão em cinco texturas". Utilizando até a técnica molecular, é essa a criação que leva gente do mundo inteiro a se deslocar para Modena só para experimentar a iguaria.






A torta de limão mais surreal do mundo

O lado divertido desse chef italiano fica evidente em outro prato do seu menu degustação, que é, digamos assim, sucesso de bilheteria. O prato se chama "Oooops, I Droped The Lemon Tart" e foi inspirado numa noite de movimento e muito estresse na cozinha que um assistente dele derrubou por acidentes a torta de limão sobre a bancada. E Massimo fez literalmente desse limão sua melhor limonada. A estética do prato é surreal, com a torta meticulosamente quebrada e o creme de limão disposto como uma pintura de Miró.


Vai um picolé crocante de foie gras aí?  Outra invenção de Massimo Bottura

Midiático, mas radicalmente contra os programas de espetáculo e reality shows gastronômicos, Massimo lança agora seu mais novo livro "Nunca Confie Num Chef Italiano Magro” uma tradução livre de "Never Trust A Skinny Italian Chef". Segmentado em 4 capítulos para abordar diferentes época (ao todo 290 páginas), conta com 50 receitas e explicações sobre a inspiração do chef, ingredientes e técnicas.


Os chefs também amam
Há que se registrar uma participação especialíssima: Lara Gilmore, a mulher de Massimo Botura.  Não só no episódio da Netflix como na vida do chef. Companheiros de toda uma vida, se conheceram no dia em que os dois, jovens e inexperientes, coincidentemente começaram a trabalhar num mesmo café no Soho, em Nova York. Ele na cozinha e ela no balcão fazendo capuccinos. Foi amor à primeira vista. Apesar dos muitos encontros e desencontros, mudanças de rumos e de cidades, a americana Lara Gilmore é sua fortaleza e responsável pela concretização de muitos dos seus projetos e loucuras gastronômicas.


Ele, dedicando mais de 12 horas diárias ã cozinha

















Ficou interessado em conhecer a Osteria de Massimo? Então prepare o bolso e não se deixe enganar pela aparência, digamos assim, modesta do lugar. Dizem que a decoração é franciscana, ou melhor, minimalista, com paredes cinzas-chumbo e mesas de linhas retas e muito simples. Sim, a ideia é que o protagonista do ambiente seja o prato! Numa rua pacata de Modena e ocupando o andar térreo de um prédio histórico, a Osteria oferece dois tipos de menu degustação. Um é o "Tradição na Evolução", com oito tempos e ingredientes regionais. Sai por 170 euros. Outro é o "Sensations", com pratos experimentais do chef - 195 euros.

Mas voltando ao mundo real e à série que, esta sim, todos temos acesso, acho que vale muito cada um dos seus 50 minutos. Seja para quem gosta ou não de fazer comida, seja para quem curte ou não comer bem.
Mais uma das criações de Massimo: "Pão é ouro"


No próximo post vou falar de um outro chef da mesma série que é um verdadeiro patrimônio da Patagônia: Francis Mallmann.



























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