quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Gastronomateca

Livros na cozinha e sempre à mão
Biblioteca de gastronomia? Lá em casa, ela estava prevista desde o primeiro traço do arquiteto - talvez antes mesmo do fogão industrial que resolvi, entre outras excentricidades, trazer para a cozinha. Pequena e eficiente, hoje deve ter em torno de 100 títulos, porém todos escolhidos a dedo, comprados um a um e em ocasiões especiais, como viagens ou visita a templos gastronômicos. Simplesmente adoro. Na verdade, ela sintetiza a junção de duas paixões: a literatura e a arte de cozinhar. Não gosto de seguir receitas, mas devoro todos os livros para absorver o conceito de cada chef, de cada cultura, de cada época. É um exercício de criação: ler, buscar inspiração e elementos, para depois compor o próprio prato. Leio esses livros como literatura e, assim como obras de Gabriel Garcia Marquez e Umberto Eco, não raramente recorro à reeleitura como se, em um novo momento da vida, pudesse absorver algo mais que tenha me escapado na primeira. E sempre aprendo algo novo, percebo uma nova forma de ver e de conceber uma gastronomia de alto sabor aos olhos e ao paladar. Deixo aqui, logo abaixo, três dos meus prediletos e que considero, essenciais, para quem busca conteúdo diferenciado para sua "Gastronomateca".
Diz aí, qual é o seu?



"CHEFS, Segredos e Receitas" é um livro obrigatório. Não há, de forma rápida, outra maneira de absorver o conceito dos grandes chefs internacionais. Estão lá 18 dos mais renomados, entre eles, Ferran Adrià (espumas), Peter Gordon (condimentos), Pierre Hermé (sobremesas), Shaun Hill (caldos e sopas), Marcus Wareing (carnes), Atul Kochhar (culinária indiana) e Dan Lepard (pães).
"JAMIE OLIVER, o cara sem mistérios". Ou melhor, é o cara que provou que os ingleses são capazes de fazer algo na cozinha, além do tradicional ˜Fish and chips". Podem dizer que ele se vendeu para a mídia, que se popularizou demais com seus reality shows de gstronomia, mas a verdade é que Jamie virou uma referência pela sua flexibilidade em fazer pratos do mundo inteiro, de forma rápida, prática e sem perder o glamour de buscar ingredientes frescos e técnicas originais, porém dando um toque contemporâneo. Ele já tem seis livros publicados no Brasil, eu gosto de três, esse da foto, o "A Itália de Jamie" e o "Jamie em Casa". Bárbaros!
"HISTÓRIA DA GASTRONOMIA PAULISTANA", de Cristina Putz. Para mim, é o equivalente a uma bíblia. Remonta ao século XVI  e mostra a contribuição de cada ciclo de imigrantes para a composição dessa gastronomia maravilhosa que São Paulo oferece hoje. Primeiro foram os índios, depois os portugueses e os africanos. E até hoje, 450 anos após a fundação do Colégio dos Jesuítas, a cidade de São Paulo continua acolhendo gente do mundo inteiro. Italianos, japoneses, alemães, arábes, judeus, enfim, um pedaço de cada país está presente aqui, onde também se misturam brasileiros de todas as regiões.Receitas preciosas, dadas pelos chefs dos melhores restaurantes de cada especialidade.

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